Entrevista com Kim P. Santiago

28/09/2014 03:02

Por Toda a Equipe C.D.P.

Todo leitor de livros, não importa o gênero, ao menos uma vez já quis ultrapassar a barreira das páginas dos livros como espectador para adentrar na mente criadora por trás de suas historias e personagens favoritos. Buscando estreitar os laços tênues que unem quem lê a quem cria, o C.D.P. inicia aqui uma série de entrevistas com autores brasileiros com livros publicados (ou em ponto para publicar).

E para iniciar, começamos com um estreante no cenário editorial, que está justamente a ponto de lançar seu primeiro livro e que tem como base a literatura fantástica. Alex Young e a Reliquia de Latith foi escrito pelo autor alagoano Kim P. Santiago (foto ao lado) que sem intermédios se apresenta “Bom, eu tenho 25 anos. Solteiro. Sou maceioense e resido na cidade. Sou ex-operador de Closed Caption pela TV Gazeta (emissora local de TV). Sou estudante de bacharelado em ciências biológicas (UFAL) e escrevo há 4 anos. Demorei um ano e meio para terminar a minha primeira obra. Por enquanto, estou me dedicando apenas à minha carreira.” Sem mais delongas, vamos para a entrevista sobre esse novo autor, que quem sabe (e pelo que torcemos), irá longe com seus projetos.

Confira a entrevista.

1. Antes de tudo, você poderia fazer uma breve apresentação do livro para os leitores do C.D.P.?

"Bom, o meu livro tem uma mesma linha de raciocínio que Rick Riordan usou em Percy Jackson, "Achar algo ou buscar algo para impedir que o mal vença". Mas, ao invés de usar deuses gregos como divindades, eu estou usando os signos do Zodíaco e isso remete a muitas coisas, como por exemplo: Universo, constelações, Via Láctea, planetas, viagens interplanetárias... é uma viagem pela nossa galáxia com direito a ação, uma pouca dose de comédia e uma estória de tirar o folego."

2. Quando começou a ideia de escrever o livro?

"Eu sempre quis escrever desde o meu ensino médio, um grande amigo me emprestou um livro. (eu nunca tinha lido nada na vida antes, nem mesmo a literatura que cobram no ensino médio). O primeiro livro que li foi Harry Potter e o Cálice de fogo. Depois que terminei a leitura, fiquei com isso na cabeça: Eu quero escrever. Eu quero me tornar escritor.

Então, eu participei de um pequeno concurso literário da página de facebook Real Nerd e ganhei com um conto sobre um cavaleiro em uma guerra. Isso me deixou mais empolgado para escrever."

3. Quanto tempo você levou para elaborar o livro?

"Elaborar um livro é um processo demorado. Você precisa ter em mente... o começo, meio e fim. E, isso leva bastante tempo.

Eu comecei a escrever o meu livro depois de viajar de ônibus em direção a Paulo Afonso - Bahia e pensar: O que aconteceria se alguns alienígenas atacassem esse ônibus? Bom, eu resolvi escrever daí."

4. Como foi o processo de envio às editoras?

"É um processo chato e complicado. Eu enviei para diversas editoras, algumas nem me deram respostas. Outras como a Rocco, me disse que não estavam aceitando originais para o público infanto-juvenil e a Leya não aceitam títulos brasileiros no momento. Eu enviei para a editora Record, mas ela rejeitou. Então, enviei a Multifoco que tem sede no Rio de Janeiro e fui aceito para a publicação."

5. Há previsão para o lançamento do livro?

"Eles irão liberar para mim a capa no dia 23 de setembro de 2014, em seguida irão me dar alguns dias para eu fazer algumas correções e depois começam a tiragem. Quanto a previsão de lançamento, creio que Dezembro - Fevereiro. Eles são ótimos com capas, coloque no google:

W - os sóis de lar e veja uma das capas que eles fizeram."

Ps: Gostaríamos de pedir desculpas e corrigir um erro citado acima. A capa do livro "W - os sóis de lar" de Eduardo Olbera Ferrer, é uma obra da capista Monalisa Morato de modo Freelance e não da editora que nosso entrevistado citou. 

E como o C.D.P. adora a ideia de deixar nossosqueridos psicóticoscom os olhos sedentos pela leitura, em primeira mão conseguimos junto ao Kim a capa de sua obra para você caro leitor já ter uma ideia do que estamos tratado aqui nesta obra.

6. Quais as suas expectativas com relação à aceitação do público leitor?

"Bom, a ficção científica tem crescido muito em relação ao público jovem. Eu creio que será uma obra bem aceita. A linguagem não é difícil de entender e existem personagens que podem cativar os demais. O personagem principal é forte e cativante, não é aquele personagem bobo que aparece em muitos títulos de hoje em dia, ele sabe o que fazer quando for necessário."

7. A literatura fantástica brasileira tem ocupado um grande espaço das prateleiras e do gosto dos leitores. O que você acha desse novo cenário literário e como o seu livro poderá contribuir para ele?

"Bom, eu torço que cresça cada dia mais. Nós temos material para ter ótimos livros e ótimos escritores também, acredito que as melhores estórias do mundo também podem ser de brasileiros. Nós somos criativos por natureza. mas, também somos preguiçoso "por natureza", eu também sou, claro. Eu já li diversas estórias que se fossem publicadas dariam ótimos best-sellers".

8. Você se inspira em algum escritor para o que escreve? Ao ler o seu livro,o leitor poderá ver semelhanças com outros livros?

"Em vários autores, meus favoritos internacionais são Rick Riordan, Ernest Cline e J. K. Rowling (claro). Nacional eu não tive muitas experiências boas, mas Eduardo Spohr me cativou. O cara é sensacional. Eu até coloquei um obrigado especial para ele em meu livro. Ele me deu muitas dicas de como escrever melhor.

Voltando a pergunta, Creio que não encontrarão semelhanças com outros livros. Eu tentei fugir ao máximo de me basear em outras obras, mas pode ser que alguém leia e veja parecido com alguma coisa. Eu não li todos os livros do mundo, não é? hahahahahaha..."

9. Como você classificaria a leitura de livros, que infelizmente, está entrando em "desuso" na atual geração?

"Não creio que esteja entrando em "desuso", pelo contrário, vejo mais jovens lendo hoje que há dez anos atrás. Os filmes ruins do cinema tem ajudado muito para isso.

A frase comum nos deixa muito curioso.

- O filme é bom, mas o livro é mil vezes melhor.

Se a pessoa que viu apenas o filme e gostou dele, ao ouvir isso, cara, ela vai procurar para ler."

10. Kim, que mensagem você deixaria para as pessoas que desejam entrar na carreira de escritor, assim como você?

"Não desistam, não desistam e não desistam.

Eu demorei cerca de um ano para escrever esse livro. Ao escrevê-lo e levar um não de uma editora, foi fatal. Mas, mesmo assim perseverei e consegui dar o primeiro passo para a carreira que eu quero.

Outra coisa, tenha bons amigos para ler as suas obras e dar opiniões. Eles são imprescindíveis para o decorrer da estória. Depois que eu assinei o contrato quase desisti, pois eles me deram cerca de 30 dias para fazer a revisão de toda a obra, se não fosse a minha amiga de faculdade Anne Sousa, eu não teria entregado a tempo. Ela me ajudou bastante com isso."

E com essa bela mensagem incentivadora, concluímos a primeira entrevista deste humilde blog. Esperamos que tenham gostado e que tenhamos dado a vocês uma boa opção (ao gosto de cada um) de leitura.
Agradecemos ao Kim por ter nos cedido a imagem de seu livro e por conceder o direito de entrevista a nossa equipe. Desejamos a ele sucesso em sua empreitada pelo mundo das letras e que em breve possamos fazer também a analise de seu livro. 

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